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O primeiro sinal despercebido: A Eleição Israelense de 1992 A Esnobação Presidencial O que chamou minha atenção
foi o modo como o presidente George Bush Sênior, tratou o primeiro
ministro israelense Yitzhak Shamir quando de sua visita a Washington no
começo de 1992.
O ponto decisivo dos E.U.A. Eu deveria saber. Era sobre petróleo. O ponto decisivo da política externa da administração Bush dirigida ao Oriente Médio era o fluxo livre do petróleo árabe. Bush era do Texas e tinha gasto muitos anos no negócio do petróleo. Ainda que isso não fosse seu único interesse no Oriente Médio. O fluxo livre do petróleo árabe era visto também como um interesse legítimo de segurança dos E.U.A.. Poucos anos depois, em agosto de 1995, um cientista chamado Joseph P. Riva Junior apresentou um relatório ao Congresso apoiando o interesse do presidente Bush sobre a necessidade dos E.U.A. pelo fluxo livre do petróleo árabe. Ele concluiu que, se a demanda mundial não aumentasse muito, e a estabilidade política continuasse no Oriente Médio e ainda se não houvesse interrupção na produção de petróleo, os negócios iriam bem em boa parte do século 21, mas se ocorresse o contrário – se algo pudesse perturbar o fluxo livre do petróleo, tal como uma guerra no Oriente Médio – os E.U.A. estariam em uma crise econômica real. Então, sentindo outra Guerra no Oriente Médio, a administração Bush disse a Israel que deveria negociar a paz com seus vizinhos árabes, ou perder o apoio dos E.U.A.. O Congresso apoiou a ameaça não concedendo garantias de empréstimo para poderem comprar novos caças. Graças à vitória da Guerra do Golfo, o Secretário de Estado James Baker estava fazendo real progresso com os Árabes no renovado processo de paz. Um homem, porém estava no caminho. Este homem era o primeiro ministro israelense Yitzhak Shamir. Shamir se tornou um problema para Washington, devido à política de seu partido para o Grande Israel. A política do Grande Israel significava que o governo israelense não tinha intenção de devolver nenhuma terra que o exército israelense capturou dos árabes na Guerra dos Seis Dias em 1967. De fato, o governo de Shamir estava encorajando os assentamentos judaicos a construírem comunidades nos territórios que o exército israelense capturou. O problema da política do Grande Israel de Shamir era que estes assentamentos judaicos foram interpretados por alguns como sendo violação ao direito internacional. E muitos da comunidade internacional também queriam que Israel devolvesse o resto da terra capturada na Guerra em troca de paz. Ainda, os líderes do partido Likud de Shamir, tinham em suas mentes judaicas, uma visão bíblica. Eles viram as terras que capturaram na Guerra dos Seis Dias como sendo dadas por Deus e por direito eram deles. Eles consideravam o mundo exterior como sendo hostil ao povo judeu e viram algumas negociações com os árabes como uma ladeira “escorregadia” que levaria à destruição de Israel. Em outras palavras, o governo de Shamir não achava que a paz fosse possível. (2) Desde que o cerne das negociações de Baker com os árabes fosse a execução da Resolução 242 da ONU, a política do Grande Israel de Shamir estava tornando impossível qualquer acordo final de paz. A administração Bush decidiu que a solução para o seu problema era livrar-se de Shamir. E encontraram uma oportunidade para isto, com a aproximação das eleições em Israel, em 1992. Embora o partido conservador de Shamir tivesse ficado no poder nos últimos 15 anos, o povo de Israel estava ficando incrivelmente desesperado por paz. Isto significa que o partido trabalhista tinha uma boa chance de vencer. O concorrente de Shamir na eleição era Yitzhak Rabin, um membro do partido liberal trabalhista. Eles concordavam com o partido Likud sobre a importância da segurança, mas rejeitavam a visão bíblica do partido Likud contra a paz com os árabes. Sua plataforma visualizava “um novo Oriente Médio, no qual não haverá guerras ou terrorismo”. (3) Assim Rabin estava disposto a arriscar-se mais pela paz do que Shamir, mesmo se isso significasse devolver algum território que tinha sido capturado na Guerra dos Seis Dias. E ainda, o que fazia o desafio de Rabin ser tão sério era o fato de ter sido herói de guerra. Ele tinha comandado o exército israelense que foi vitorioso na Guerra dos Seis Dias. De fato, Rabin recebeu muitos créditos pelas vitórias que conduziram à libertação e unificação de Jerusalém e os novos territórios expandidos. Ainda havia outra razão, Rabin era respeitado. Além de sua experiência militar, Rabin já tinha servido uma vez como Primeiro Ministro. E em junho de 1976, Rabin ordenou o assalto bem sucedido que resgatou um grupo de reféns da 'Air France' mantidos em um aeroporto na Uganda por Idi Amin. A operação foi tão espetacular que foi motivo para um filme, “Resgate em Entebbe.” Desta forma, agora nesta eleição, um herói nacional era desafiado pela política do Grande Israel de Shamir. Ao contrário de Shamir, Rabin acreditava que a paz com os árabes fosse possível. De fato, os territórios, que as tropas de Rabin capturaram durante a Guerra dos Seis Dias, foram os mesmos territórios que a ONU estava pedindo para que Israel devolvesse aos árabes em troca de paz. Muitos israelenses confiaram em Rabin, assim quando chegou o momento em que ele decidiu trocar terra por paz, a maioria estava disposta a concordar com ele. Nem mesmo os rivais políticos de Rabin no Partido Likud que não queriam trocar terra por paz, jamais questionaram os motivos de Rabin ou sua coragem. As eleições mostraram que os eleitores em Israel estavam profundamente divididos. De um lado, eles queriam a paz que o partido trabalhista estava prometendo; por outro lado, eles queriam a segurança que o Likud tinha garantido nos últimos 15 anos. O partido trabalhista de Rabin avaliou corretamente os sentimentos dos eleitores de Israel. Sua plataforma ofereceu a possibilidade de que o povo de Israel poderia ter ambas – paz com segurança. E suas políticas de paz com segurança estavam mais alinhadas com o que Washington queria. Então esta foi a razão por que Shamir foi esnobado pelo presidente americano quando visitou Washington. E esta foi a razão pela qual o Congresso recusou as garantias de empréstimo. Não fui o único que percebeu a esnobação. O povo de Israel também percebeu. E isto os assustou. Mas isto foi exatamente o que a administração Bush esperava. Por quê? Porque mesmo a mais leve sugestão de que Israel pudesse perder o apoio pleno dos E.U.A. estava aterrorizando o povo israelense. Sem os E.U.A., Israel estaria sozinho no mundo. E para o seu pequeno país continuar sobrevivendo entre seus vizinhos hostis, precisava de apoio em curso dos E.U.A.. A esnobação presidencial contra Shamir pode ter sido o que encorajou os eleitores israelenses a elegerem Rabin. Mais tarde, alguns analistas do Oriente Médio disseram que Washington tinha orquestrado as eleições israelenses de 1992. E esta eleição provou ser o ponto de retorno no processo de paz do Oriente Médio. Logo o partido trabalhista de Rabin subiu ao poder, Israel começou tentando trocar terra que tinha sido capturada na Guerra dos Seis Dias por paz. O sinal Despercebido Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. (4) Apóstolo Paulo, 50
D.C.
Lembra-se que eu disse que um sinal importante despercebido sobre o anticristo pode ter acontecido durante as eleições israelenses em 1992? Creio que o sinal ocorreu durante aquelas eleições. A razão para minha crença é algo que o Apóstolo Paulo disse: “Mas, irmãos, acerca dos tempos
e das estações, não necessitais de que se vos escreva;
Para que eu possa mostrar o sinal, preciso estabelecer primeiramente algumas premissas. Sobre os versículos citados acima, devemos nos lembrar de que Paulo estava escrevendo para os cristãos do primeiro século. Ao dizer, “vós mesmos sabeis muito bem”, podermos concluir que Paulo estava relembrando seus leitores sobre uma visão comumente aceita que a igreja primitiva tinha sobre profecia. Naquele tempo, o livro de Apocalipse ainda não tinha sido escrito. O livro principal para o estudo da profecia nos dias de Paulo era o livro de Daniel, do Velho Testamento. E o fato de Jesus ter feito muitas citações do livro de Daniel levou os cristãos primitivos a tomar o livro e suas profecias seriamente. Creio que Paulo estava relembrando seus leitores da passagem de Daniel sobre o anticristo vindo e fazendo um acordo de segurança com Israel. Daniel disse: “E ele firmará aliança
com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar
De acordo com o que aprendemos de nossas chaves, as profecias em Daniel são principalmente relacionas com Israel, as nações vizinhas e o Messias. Assim quando Paulo disse, “Quando eles estiverem dizendo ‘Paz e segurança!’ lhes sobrevirá repentina destruição,” Paulo estava falando sobre o Israel descrente e a vinda daquele que causaria destruição. Ou seja, quando Israel estiver dizendo “paz e segurança”, o anticristo virá com seu falso acordo de segurança. Agora voltando ao sinal que pode ter acontecido nas eleições israelense em 1992. As palavras de Paulo, “paz e segurança” podem ser também traduzidas corretamente do grego como “paz com segurança”. E isto estava sendo oferecido ao povo israelense nas eleições de 1992. Quando os israelenses votaram em Rabin, eles estavam rejeitando as antigas políticas de Shamir de segurança sem paz e aceitando as novas políticas do Partido Trabalhista da adoção de paz – paz com segurança. Vemos que naquela eleição o povo israelense começou realmente dizendo “paz e segurança!” ao votar pelas políticas ‘paz com segurança’ de Yitzhak Rabin. E, se você ouviu, percebeu que cada administração seguinte tem dito o mesmo até agora. As eleições de 1992 marcaram o momento decisivo no processo de paz do Oriente Médio. O povo israelense começou aceitando a implementação da Resolução 242 da ONU – negociando terra por paz. Isto iniciou a decida na ladeira perigosa da troca de terra por paz, levando-os para a situação precária em que se acham atualmente. Isto estabeleceu o palco para o acordo vindouro de sete anos de segurança com o anticristo. A vitória de Rabin assegurou que Israel aceitasse o processo de paz patrocinado pelos E.U.A., que teve seu início na Conferência de Madri. No ano seguinte, 1993, Rabin assinou os Acordos de Oslo que fizeram com que Israel iniciasse sua decida pela “ladeira escorregadia” que o governo de Shamir tanto temia – a caminho da troca de terra por paz. Em outubro de 1994, Rabin assinou um tratado com a Jordânia e, em dezembro, ele foi contemplado com o Prêmio Nobel da Paz. Então no comício pela paz em 1995, Yizhak Rabin foi assassinado. Eu fiquei tocado quando estudei a vida de Rabin. Embora ele tenha partido, seu grito por paz no Oriente Médio se recusa a morrer. Infelizmente, muitos no Israel moderno não mais acreditam em oração. E eu como cristão, não posso ajudar, mas posso clamar a Deus pela paz de Jerusalém. E quanto mais penso sobre isto, mais creio no sinal de estrada profético na história que ocorreu na eleição israelense em 1992. Naquela eleição, a maioria do povo israelense realmente começou a dizer “Paz e segurança”! E como eu disse, esta eleição marcou uma reviravolta audaciosa no processo de paz no Oriente Médio – trocar terra por paz. E ainda se eu estiver correto, e este tenha sido um sinal de estrada profético na história, as implicações para Israel e nosso mundo são assustadoras. De acordo com o Apóstolo Paulo, ao contrário de paz, o povo israelense clamou tão desesperadamente, “repentina destruição” está a caminho. Em outras palavras, a besta do Apocalipse
está para se levantar do mar.
Notas do Capítulo 6
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