Recomendação 666
PARTE I

Vede entre os gentios e olhai, e maravilhai-vos, e
admirai-vos; porque realizarei em vossos dias uma
     obra que vós não crereis, quando for contada. (1) 

Deus, entre 650 A.C. e 330 A.C.


Capítulo 1:
Sei malintesi di profezia

Se eu não tivesse recebido um telefonema de Constance Cumbey, provavelmente não teria tido coragem de escrever este livro. Ela me ligou no horário de trabalho e se identificou como uma advogada de Detroit, Michigan. Como eu possuo uma agência de seguros, freqüentemente recebo ligações de advogados. Assim naturalmente presumi que a chamada fosse a negócios. 

“Bem, o que você sabe sobre Javier Solana?” inquiriu ela. 

A pergunta surpreendeu-me. Eu estava investigando este novo líder da União Européia e sua possível conexão com a profecia bíblica. Escrevi também sobre Javier Solana em algumas colunas religiosas semanais para diversos jornais. Depois que Constance fez a pergunta, eu repentinamente reconheci seu nome.

 “Você é Constance Cumbey, a autora, não é?” perguntei. 

“Sim,” respondeu. “Eu escrevi Os Perigos Ocultos do Arco-Íris.” 

Desnecessário dizer que para um corretor de seguros de uma pequena cidade, seu telefonema pegou-me de surpresa. Eu tinha lido seu livro – o bestseller nº. 1 sobre o movimento da Nova Era – e ainda usado como referência. Sua excelente pesquisa foi aceita por muitos, por denunciar o movimento da Nova Era e expor sua existência ao mundo. Mas por que ela estava me telefonando? 

Constance disse que estava navegando pela Internet, quando cruzou com uma de minhas colunas. Ela também estava investigando Javier Solana e compartilhava algumas de minhas preocupações. Agora eu sabia que não estava sozinho. Finalmente soube que alguém mais, além de mim mesmo, estava chegando a algumas das mesmas conclusões sobre os eventos atuais na Europa, e aquelas especificamente relacionadas a Javier Solana. 

Assim, foi o telefonema de Constance que me deu coragem para escrever este livro. Ver as profecias do final dos tempos serem cumpridas pode assustar muita gente, embora não devesse. Para os crentes, o cumprimento destas profecias deveria trazer grande encorajamento. Uma coisa nós já sabemos, que é como tudo isto acaba. Por outro lado, nos assegura de que a Bíblia é a Palavra de Deus e nossa fé em Jesus não é vã. Porém o mais importante é que nos fornece um modo de alcançar os perdidos, as pessoas descrentes ao nosso redor. Em um tempo em que a ciência e a filosofia declararam Deus morto, Deus está falando ao nosso mundo cético de um modo grandioso – pelo cumprimento de suas antigas profecias. 

Este livro é sobre eventos ocorrendo no Mediterrâneo e na Europa, que podem indicar que as profecias do fim dos tempos estão para se cumprir, um desses eventos ocorreu em Israel em 1992, e seu significado passou despercebido. Agora, outro grande evento pode ter ocorrido na Europa em 2.000. E se esses eventos forem o que eu suspeito – sinais proféticos dados como avisos a Israel – então o anticristo está a caminho e a volta de Cristo está próxima. 

Ainda que um pensamento apocalíptico como este não seja aceito atualmente. Nesse momento, nossa mente visualiza um homem barbudo na rua, carregando uma placa proclamando, “O fim está próximo”. Por muitas vezes pessoas previram o fim, e em todas essas vezes, estavam erradas. Isto tem deixado um gosto amargo na boca das pessoas, quando se referem à profecia bíblica. 

Assim, hoje em dia, muitos cristãos têm idéias equivocadas sobre profecia. Como resultado, eles têm parado de observar os sinais da volta de Cristo. Mesmo que esta não tivesse sido a atitude dos cristãos primitivos. Para aqueles crentes, o apóstolo Pedro disse: “E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.” (II Pedro 1:19). 

Se os cristãos primitivos foram advertidos para ficarem atentos às profecias, então todos nós deveríamos fazê-lo também. A volta do Senhor está muito mais perto hoje do que estava até então. E quando ele aparecer, poderá ser em um dia inesperado. 

Equívoco 1: Aquele que Estuda Profecia é um Excêntrico

Quando comecei a escrever colunas em jornal sobre religião, procurei um amigo - fundador de um ministério bem conhecido – para aconselhamento. 

“Faça o que fizer, fique longe da profecia,” disse ele “Você não vai querer que as pessoas pensem que você é um ‘deles. ’”

“Deles,” certamente, faz referência àquelas pessoas que “nós” não queremos ser – os que prevêem catástrofes iminentes, os insanos, aqueles com websites sobre o fim dos tempos, escritos com letras grandes e vermelhas e chamas de fogo. 

Mas existe um problema com este tipo de opinião. Jesus nos deu as profecias sobre o fim dos tempos, e nos ordenou para que nos mantivéssemos vigilantes quanto ao seu cumprimento. (Lucas 21:34-36, Mateus 24:42-51). 

E em algum dia, estas profecias começarão a acontecer. E quando acontecerem, haverá pessoas que avisarão. E de acordo com Jesus, estas pessoas serão rejeitadas como profetas de catástrofes, como Noé antes do dilúvio. (Mateus 24:37-39). 

É fato que o apóstolo Pedro disse que nos últimos dias, as pessoas estariam desligadas da profecia bíblica. Ele disse: “Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: ‘Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação’” (II Pedro 3:3-4). 

Para que existam escarnecedores, deverá primeiro haver alguém para ser escarnecido. Parece-me que Pedro nos está dizendo que nos últimos dias, os escarnecidos serão os que estarão interpretando os eventos em seu tempo como possível cumprimento da profecia. 

As palavras de Pedro também insinuam que estes escarnecedores dos últimos dias não serão somente incrédulos. Surgirão escarnecedores dentre os que se dizem crentes. Infelizmente isto está acontecendo. E estão em direta oposição à Bíblia. O salmista diz, “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” (Salmos 1:1). 

Então, creio que sinais que indicam que a besta do Apocalipse brevemente subirá do mar, podem ter ocorrido no Mediterrâneo e na Europa, mas ninguém percebeu. A besta, certamente é o anticristo e seu reino. 

Mas espere um minuto, antes que você pense que sou mais um profeta de catástrofes rotulando alguma pobre alma de anticristo, saiba que esta não é minha intenção. Desde o começo, quero deixar isto bem claro: não afirmo que sei quem é o anticristo. Ao contrário, meu livro é sobre eventos recentes, que podem indicar que as profecias do fim dos tempos serão brevemente cumpridas. Creio que estes eventos podem ser os sinais de que o anticristo já está a caminho. 

Equívoco 2: Não é Correto Interpretar Eventos Atuais na Profecia 

A história cristã está repleta de pessoas que interpretaram equivocadamente os eventos em sua época, como cumprimento das profecias bíblicas do final dos tempos. De fato, muitas das seitas cristãs dos tempos modernos nasceram com interpretações da profecia, que falharam em se concretizar. A verdade é que muito da teologia que estabelece certas seitas, fora da tendência dominante, surgiu porque seus líderes precisavam explicar o porquê das falhas de suas predições. 

Alguns estudiosos modernos na verdade sugerem que esta é a razão pela qual o livro de Apocalipse foi escrito. Eles crêem que o apóstolo João o escreveu para explicar porque Jesus não retornou, quando era esperado pelos crentes do primeiro século. Eles indicam as palavras do apóstolo Pedro que parece sugerir sua crença de que o fim viria durante a época dos crentes do primeiro século. Ele disse, “E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração.” (I Pedro 4:7). 

Logo depois, “o fim de todas as coisas,” como Pedro as conhecia, vieram. A cidade de Jerusalém foi destruída, a nação judaica deixou de existir, e o povo judeu foi espalhado pelas nações, porém Jesus não voltou. 

Desde o tempo dos Apóstolos até os dias atuais, o interesse das pessoas pela profecia tem tido seus altos e baixos. Quando os tempos eram difíceis e incertos, o interesse em profecia era alto. E em tempos bons, o interesse em profecia era frequentemente baixo. 

O renascimento de Israel em 1948 trouxe interesse renovado na profecia bíblica nos E.U.A.. Em 1970, o best-seller nº 1 da lista de Nova York, foi um livro sobre profecia e foi chamado de o nº. 1 mais vendido da década. Foi o livro de Hal Lindsey “A Agonia do Grande planeta Terra”. O mundo cristão uma vez mais se preparou para o glorioso retorno de Cristo à terra. Igualmente, como em todas aquelas vezes anteriores, Jesus não apareceu. 

Por toda a história cristã, encontramos histórias similares da falha das predições proféticas. Muitas delas são trágicas. E a cada vez que esta história se repete, outro grupo do povo de Deus experimenta grande desapontamento e confusão. 

Não é de se admirar que estejamos em um momento na história cristã, quando o assunto da profecia bíblica pode desencadear suspeitas e ceticismo, ao invés de inflamar o reavivamento. Ainda que não seja a primeira vez, que muitos do povo de Deus tenham tido esta atitude, e tenham parado de observar os eventos atuais que poderiam cumprir a profecia. 

Esta foi a mesma atitude que muitos dos líderes espirituais de Israel tiveram, quando Jesus começou seu ministério terrestre. Certamente este homem não seria aquele sobre quem as profecias tinham falado, eles raciocinaram. Além do mais, tantos outros tinham vindo antes dele, afirmando serem o tão esperado Messias de Israel. Em outras palavras, Jesus veio para Israel em um momento em que era menos esperado. 

Equivoco 3: Quando acontecer, nossos líderes cristãos nos alertarão

Como Deus ordenou que sinais fossem associados à mudança das estações, Ele também ordenou que sinais fossem associados com certos tempos predeterminados na história. Lembro-me do que Jesus disse ao grupo de líderes religiosos, quando lhe pediram para mostrar-lhes um sinal no céu. Ele respondeu, “Quando é chegada a tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está rubro. E, pela manhã: Hoje haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. Hipócritas, sabeis discernir a face do céu, e não conheceis os sinais dos tempos?” (Mateus 16:1-3). 

Evidentemente, como Deus nos deu sinais da mudança das estações, Ele também nos deu “sinais dos tempos”. Sem dúvida que, quando Jesus falou para aqueles líderes religiosos, Ele estava pensando sobre as muitas profecias nas escrituras que se referiam a Ele próprio. De fato, o profeta Daniel predisse o número de anos que passariam até a volta do Messias (Daniel 9:25-26). Jesus montou em um jumento em Jerusalém no dia predito. (2) 

Alguém gostaria de saber como a liderança devota de Israel pôde ter perdido aqueles claros sinais? Pois eles o fizeram. Não porque não estivessem observando os sinais, mas simplesmente porque estavam procurando pelo tipo errado de sinal – algo grandioso. Eles pediram a Jesus para lhes mostrar um sinal no céu quando de fato, Ele era o próprio sinal. Ele era o cumprimento de todas as profecias escritas sobre o Messias no Velho Testamento, diante de seus olhos, em tempo real. Em outras palavras, os líderes religiosos nos dias de Jesus estavam buscando sinais, mas da maneira errada.

Meu temor é que isto possa ocorrer em nossos dias. Novamente nosso mundo pode estar experimentando “sinais dos tempos” – sinais proféticos nos alertando sobre a volta de Cristo. E novamente, muitos de nossos líderes espirituais podem estar olhando para o lado errado. 

Equívoco 4: Quando Acontecer, todos saberão

Alguma vez você começou um empreendimento com um grupo de pessoas entusiasmadas e com muita afinidade, para ser abandonado por cada uma delas antes de terminar? Isto descreve como me sinto sobre minha busca na profecia bíblica. Nos anos 70 e 80, muitos cristãos estavam bastante interessados na profecia bíblica. Para a maior parte deles, aquele interesse foi desencadeado pelo best-seller de Hal Lindsey “A Agonia do Grande planeta Terra”, primeira edição em maio de 1970. Tendo sobrevivido ao caos e desilusão dos anos 60, muitos em minha geração começaram a procurar uma vez mais por algo sólido em que acreditar. 

Foi durante este tempo de confusão que Hal Lindsey escreveu este livro. Quando abri sua capa, encontrei uma citação de um documentário que Lindsey tinha feito. Ele dizia: 

Creio que esta geração está desatenta da mais autêntica voz entre todas, e é a voz dos profetas hebreus.   Eles predisseram que quando o homem se aproximasse do final da história como a conhecemos, haveria exemplos claros de eventos. . . E todos seriam sobre o sinal mais importante dentre todos – quando os judeus voltassem à sua terra de Israel depois de milhares de anos de dispersão. 

Quando li aquelas palavras, a profecia bíblica tornou-se para mim mais do que um mero interesse casual – tornou-se minha salvação.  Sem a profecia bíblica eu não teria aceitado a Bíblia como a Palavra de Deus. Minha lógica era simples. Se as profecias da Bíblia fossem verdadeiras, então seria possível que o resto da Bíblia fosse verdadeiro. E quanto mais eu me aprofundava na matéria, mais me convencia de que as profecias bíblicas eram verdadeiras. 

Muitos em minha geração chegaram à mesma conclusão. Livros sobre profecia começaram a inundar as livrarias cristãs. “A Agonia do Grande planeta Terra” foi levado às telas de cinema, e todos começaram a buscar pelos “exemplos claros dos eventos” no Oriente Médio e na Europa, como o livro de Hal Lindsey predissera. 

Mas muitos anos se passaram desde então, infelizmente, as coisas mudaram. Poucas pessoas ainda estão observando. Por quê? 

Creio que é porque muitas pessoas não entenderam o propósito de Hal Lindsey e ficaram desiludidas quando certas coisas não aconteceram conforme foi dito. O que elas não perceberam foi que ele não tinha tentado predizer o futuro; ele tinha somente sugerido a possibilidade do cumprimento futuro que parecia ser o mais lógico. Por exemplo, quando o mercado comum europeu não se tornou os 10 reinos da profecia – conforme sugestão do livro de Lindsey – muitas pessoas perderam o seu interesse no assunto. O problema foi que muitos de nós estávamos focados nas especulações bem-intencionadas e não nas próprias escrituras. Assim, quando uma aliança de 10 nações apareceu de verdade na Europa em 1995, ninguém percebeu. (eu contarei mais adiante sobre esta aliança.)

Mas por qualquer razão, as pessoas se desligaram da profecia bíblica. Elas se confortaram com a idéia de que, quanto estes sinais do fim dos tempos acontecessem, elas o saberiam. Para que perder tempo observando? 

Mas existe um problema com este raciocínio. Como eu disse, a Bíblia parece nos indicar que os eventos finais da história ocorrerão de fato, no tempo exato quando muitos tiverem desistido de observar. Ao se referir à segunda vinda de Cristo, o apostolo Paulo diz, “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,” (2 Tessalonicenses 2:3). 

Alguns crêem que estes sinais – inclusive a apostasia e a revelação do anticristo – são somente para Israel presenciar. Eles dizem que estes eventos ocorrerão após o arrebatamento da igreja. Aqui o apostolo Paulo não estava escrevendo para crentes em Israel – ele estava escrevendo para uma nova igreja na Europa (constituída principalmente de ex-pagãos). Para Paulo ter afirmando àquela igreja que Cristo não retornaria antes de certos eventos, ele deve ter pensado que seria possível que a igreja os presenciasse de alguma forma – pelo menos o seu início. 

Por outro lado, o apóstolo Paulo disse que a apostasia (ou queda da verdadeira fé) viria antes.  Em outras palavras, a apostasia entraria em cena antes do anticristo, e não de outra forma. Se for este o caso, por que deveríamos pensar que a igreja não testemunhará esta queda da fé – ao menos o seu início? 

Em verdade, como eu disse em Equívocos nº. 1, o fato de muitos cristãos se desligarem da profecia bíblica, pode indicar que uma grande apostasia já pode ter começado. O apóstolo Pedro disse “Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências," (II Pedro 3:3). Em outras palavras, uma indicação de que a apostasia do fim dos tempos já começou é quando aqueles que crêem nas profecias são escarnecidos. E isto está ocorrendo hoje em dia.

Alguns podem argumentar que o desinteresse na profecia bíblica não é o mesmo que cair da fé. Concordo. Mas o inimigo ataca quando a sentinela não vigia. Creio que é por isto que Jesus nos alertou “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis.” (Mateus 24:42-44). 

Equívoco 5: O Estudo da Profecia mais prejudica do que Ajuda

Todos nós gostamos de um bom mistério. Talvez isto ajude a explicar o meu interesse em profecia. Encontramos partes de informação dispersas nas páginas daquele velho Livro sobre eventos futuros que foram deixados pelo Espírito Santo. 

Mas o propósito da profecia não é tanto sobre o que o povo de Deus pode saber sobre o futuro. Mas seu propósito é fortalecer a fé. Certa vez, Jesus disse aos seus discípulos “Eu vo-lo disse agora antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis.” (João 14:29). 

E ainda, como eu disse anteriormente, alguns crêem que estudar as profecias é perda de tempo. Eles também pensam que pode ser perigoso. Estas pessoas apontam os erros passados que os estudantes da Bíblia cometeram, quando tentaram relacionar eventos com as escrituras. Em sua opinião, quando aqueles estudantes de profecia cometeram um erro, fizeram mais mal do que bem. 

Sendo assim, em muitos círculos evangélicos atuais, o senso comum é de que devemos gastar mais tempo ganhando os perdidos do que especulando sobre as profecias. Não que eles não creiam na profecia bíblica; mas, simplesmente se sentem a salvo, pondo sua atenção naquelas partes das Escrituras sobre as quais crêem possuir um claro entendimento. 

Na verdade, não posso argumentar contra sua lógica. Afinal de contas, nós como cristãos, não estamos aqui para abençoar o mundo com nossa presença charmosa, mas para ir e pregar a mensagem do evangelho de Jesus Cristo onde quer que estejamos. E mesmo assim a profecia bíblica pode ajudar. Se não fosse pela profecia bíblica, eu não creio que poderia ter aceitado a Bíblia como a Palavra de Deus. E se a Bíblia não fosse a Palavra de Deus, então não existiria uma boa razão para alguém crer no evangelho de Jesus Cristo. 

Certamente que existem outras razões para as pessoas crerem na Bíblia como a Palavra de Deus. Agora, tenho outras razões, além da profecia. Mas meu ponto é que Deus nos deu a profecia com um propósito. É uma arma ofensiva poderosa em nossa guerra contra as fortalezas das trevas de Satanás. Muitas pessoas são hoje como eu já fui. Suas mentes foram feitas cativas imperceptivelmente pelo “príncipe das potestades do ar” e elas estão aprisionadas atrás de grandes muros de ceticismo. Às vezes, a profecia bíblica é a única arma que pode romper aquelas paredes e libertá-las.

Por exemplo, não sou qualificado para fazer frente aos argumentos científicos e inteligentes sobre a evolução. Porém posso abrir minha Bíblia em uma passagem da profecia e mostrar o cumprimento real na história, em tempo real. Em outras palavras, se os profetas judeus predisseram os eventos com precisão, milhares de anos antes que ocorressem, posso então argumentar que sua mensagem sobre a vinda do Messias deve ser considerada. 

Equívoco 6: os cristãos de maneira alguma estarão aqui para verem o anticristo

Isto nos leva a outro equivoco comum.  Muitos estudantes da profecia não crêem que os cristãos estarão aqui para verem o aparecimento do anticristo. Geralmente é porque eles crêem que o arrebatamento acontecerá antes. Eles dizem que o anticristo não poderá aparecer até que o efeito de contenção causado pela igreja seja removido. Assim, não existe razão para a busca de sinais pelos cristãos se eles não estarão aqui para ver. 

Embora possa ser verdade que não veremos o poder global do anticristo, poderemos muito bem estar aqui para ver seu poder regional. Estes estudantes não percebem que o palco mundial deve ser montado primeiro, antes que os atores do final dos tempos possam aparecer em cena. E levará algum tempo para que o palco mundial seja montado. É uma perspectiva comum que o período tribulacional - o período de sete anos finais que antecede o retorno de Cristo à terra – começará quando o anticristo assinar um acordo de segurança com Israel. 4  Muitos estudantes não param para analisar que – para o anticristo assinar um acordo com Israel – o anticristo e seu reino devem, até certo ponto, já estar em paz. 

Para montar o palco mundial para os eventos do fim dos tempos, Israel deve antes retornar como nação. Certamente que isto já aconteceu. Então, após o aparecimento de Israel, 10 nações na área geográfica do antigo Império Romano devem se unificar em algum tipo de confederação. Após a união dessas nações, o anticristo surgirá do meio delas (Daniel 7:24). Ele aparecerá para dirigir uma forma de Império Romano ressurgido através de enganos e falsos programas de paz. Todos estes eventos políticos levarão tempo para acontecer. E após estes eventos todos terem acontecido, o anticristo fará seu acordo de sete anos com Israel (Daniel 9:27). Em tempo, seu reino terá se tornado global. 

Em outras palavras, não existe uma boa razão para pensar que os cristãos não verão pelo menos o despontar do surgimento do anticristo e de seu reino, somente teremos que saber para onde olhar. E a Bíblia nos aponta para a região mediterrânea. 

É comum crer que o anticristo virá da região do Mediterrâneo. Tim Lahaye, um estudioso da profecia bíblica e co-autor da popular série “Deixados para Trás” disse, “uma das mais freqüentes questões feitas sobre o anticristo se refere á sua nacionalidade. Apocalipse 13:1 indica que ele ‘sairá do mar’, significando o mar de pessoas ao redor do Mediterrâneo.”5 

Jesus nos forneceu mais detalhes sobre as condições que produziriam o anticristo. Ele disse: 

E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abrasadas. (Lucas 21:25-26).

Assim, o anticristo sairá do mar agitado de pessoas ao redor do Mediterrâneo. Esta condição caótica e tempestuosa na Europa e na região mediterrânea armará o palco para o aparecimento do anticristo. Ele repentinamente aparecerá em cena com suas soluções engenhosas. Através de enganos e falsos programas de paz, ele tomará o poder antes que o povo que poderia detê-lo perceba. (Daniel 8:25). 

E esta, acredite se quiser, é a imagem real que venho observando. 
 
 

Notas do Capítulo 1 
1. Habacuque 1:5 
2. J. Dwight Pentecost, Things to Come (Grand Rapids: Dunham Publishing Company, 1958) 246. 
3. Hal Lindsay, A Agonia do Grande planeta Terra (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1970) 85 
4. Tim Lahaye, The Beginning of the End (Wheaton: Tyndale House Publishers, 1972) 83. 
5. Tim Lahaye, Apocalipse: Illustrated and Made Plain (Grand Rapids: Zondervan    Publishing House, 1975 Edition) 172. 

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